quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Procura-se gata maluca

Estava anoitecendo e eu estava indo para a faculdade resolver uns assuntos com meu grupo sobre o projeto final do curso. Eugenio estava me acompanhando e no caminho, deveria passar pela casa de uma amiga de minha mãe que morava a poucos metros de nosso prédio. Não, não é a história da Chapeuzinho Vermelho.

Íamos lá levar não sei o que quando avistamos uma gatinha de coleira no meio da pracinha. Gateiros que somos, paramos para admirar a simpática felina. Muito atenciosa, fez umas gracinhas e quando seguimos adiante, começou a nos acompanhar. De repente, passava correndo em nossa frente, parava, olhava curiosa para os outros lados, atraída por barulhos e movimentos. Novamente passávamos dela e depois ela vinha correndo.

Ao chegar na casa da amiga, possuidora de um cachorro, a gatinha simplesmente virou-se de costas, indiferente à presença e aos latidos do cão. Esperou que fizéssemos nossa tarefa e continuou seguindo. Mas, o tempo foi passando e eu deixei de encontrar as colegas só para me divertir com esse bichinho.

Fomos até nosso prédio, minha mãe desceu só para ver a figurinha que nos acompanhava do mesmo jeito, correndo, parando e passando em nossa frente. Quer dizer, quase do mesmo jeito porque ela ficava para trás de nós, vinha correndo, passava por nós e se jogava no tronco da árvore e ficava lá agarrada até passarmos por ela.

Ao chegar no prédio, o Betinho estava na sacada e ficava miando para a gatinha. O problema é que não estava acostumado a ir para a rua e lá ficou, desejando a gata e sua liberdade. Coitado do meu velhinho. Enfim, a gata louca subiu em uma árvore pequena talvez para observar a vizinhança ou mostrar que ela, com seu pequeno porte podia fazer o que nós não conseguíamos. Atraiu outros gatos da redondeza que silenciosamente foram aparecendo.

Tiramos várias fotos com a maluquinha. Depois de muito tempo em sua companhia, resolvemos subir, ela tinha coleira, provavelmente um dono também. Infelizmente, nunca mais vi a pequenina companheira, que se jogava na árvore.


Visitando nosso prédio

Gata louca em cima da árvore

Betinho na sacada observando com seus olhos iluminados

Um comentário:

Eugenio Hoch Junior disse...

Saudades do Alzirão, como o Betinho chamava a gata louca.